A Escola dos Imigrantes Alemães no Brasil no período 1824 – 1938: Avanços e Retrocessos Educacionais
O presente trabalho destina-se a mostrar as razões políticas e ideológicas do fechamento das escolas étnicas dos imigrantes alemães e de seus descendentes, bem como as conseqüências nefastas desse fechamento definitivo em 1938, durante o regime autoritário do Estado Novo. Nossa investigação concentra-se no período aproximado de 1824 a 1938, através do levantamento do sistema escolar alemão e das causas do temor provocado pelas escolas étnicas nas elites brasileiras, principalmente na Primeira República.
Inicialmente, o tema escolhido foi Imigração alemã que acabei por trocar por escolas étnicas dos alemães e seus descendentes. O que descobriu foi algo que jamais esperava encontrar uma escola com mais de três séculos de tradição ainda na Alemanha. Afinal que imigrante era esse que ao contrário de outros grupos têm suas escolas ampliadas e que são disciplinados que se consideram mais brasileiros que os próprios brasileiros.
O que os levou a tentar no Brasil a criação de uma nova Pátria. Esse Deutschum causou nos “nacionalistas brasileiros” um temor, pois, temiam que eles criassem um novo estado dentro do Brasil. Pretendo explicar que existia no Brasil um mito de nacionalismo. Esse mito de nacionalismo não existia no Brasil o que existia era um ideário baseado no romantismo europeu. Expressões como: o “bom selvagem”.
Esse perigo aumenta em 1877 quando Otto von Bismarck proclama que todos os alemães e seus descendentes deveriam se reunir em torno do Pan-germanismo. Isso causou um enorme pavor às elites brasileiras. No Brasil isso causa um pavor às elites que irão se posicionar contra os imigrantes. Em 1917 em Santa Catarina começa o fechamento de escolas, porém, esse fechamento foi mais uma briga política do que étnica entre grupos rivais. Porém em 1938 ocorre o golpe fatal no decreto de Nacionalização em que as escolas alemãs italianas são fechadas têm seus materiais didáticos confiscados ou destruídos e muitas transformadas em escolas públicas que nunca mais abriram. Enfim, tudo aquilo que não fosse à língua nacional era fechado ou confiscado pelos agentes do Estado Novo. Também no período em que Getúlio toma favor ao lado dos aliados são criados campos de concentração em várias regiões do Brasil.
Isso levou a um isolamento cultural e linguístico e acabaram por criar dialetos regionais nas regiões de colonização alemã. Novamente a pergunta a ser feita qual seriam os motivos para que os imigrantes tenham construído essas escolas no Brasil. Porque é que essas escolas cresceram e as outra diminuiriam.
Ricardo Barboza Söldon