MULHER, MULATA E MIGRANTE: REPRESENTAÇÕES DA TRIPLA ALTERIDADE EM JORNAIS EUROPEUS

Mulher, mulata e migrante: modalidades representativas de uma tripla alteridade em jornais da Europa

O objetivo principal desta tese é analisar as modalidades de representação de mulheres brasileiras, negras e migrantes nos jornais da Europa. Nosso percurso teórico tem como ponto de partida a investigação desta tripla alteridade a partir de perspectivas históricas, sociológicas e filosóficas. Neste sentido, a “mulher, mulata e migrante” é cartografada em análises que percorrem os estudos de gênero e de pós-gênero, o feminismo negro e ainda a abordagem de gênero nos estudos migratórios.

No eixo central da tese, estão as questões relativas à representação midiática da alteridade no discurso do jornalismo. Primeiro, analisamos o “discurso de autoridade do jornalismo”, que fundamenta a sub-representação e a invisibilidade dos grupos minoritários nas páginas dos jornais. Em seguida, apresentamos o “discurso de alteridade do jornalismo”, que assinala uma possibilidade de inclusão. Na pesquisa empírica, são investigados jornais franceses, italianos, espanhóis, portugueses e ingleses, com o objetivo de verificar as constantes e as variáveis destas representações a partir da metodologia proposta pelos estudos críticos do discurso. Somam-se às investigações teóricas, as entrevistas realizadas com mulheres brasileiras que vivem na Europa. Suas experiências compõem a tese, indicando novos caminhos para uma análise que conjuga jornalismo, alteridade e racismo.

Danubia de Andrade Fernandes

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