Deutschtum no Brasil: imigração, identidade e mídia étnica alemã.
A colonização do Brasil por outras nacionalidades, além da portuguesa, tem início a partir do século 19, impulsionada pela chegada de Dom João VI ao país. Os alemães, participantes deste processo, são um dos primeiros povos a chegar incentivados pelo governo. O seu fluxo, apesar de não ter sido o mais numericamente expressivo, foi o mais longo e marcou de maneira profunda principalmente os três estados do sul do país, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. Até hoje, estes locais concentram um elevado número de
descendentes e preservam alguns costumes dos antepassados. Como legado, além das festas, danças, casas típicas e sobrenomes, os alemães deixaram também uma imprensa étnica, feita e voltada para imigrantes e descendentes, bem desenvolvida e elaborada até a metade inicial do século 20. Entretanto, o Estado Novo, com sua Campanha de Nacionalização, põe fim a maior parte destes periódicos, hoje extintos, mas admitidos como integrantes da história dos meios de comunicação brasileiros. Neste período varguista, muitas outras expressões culturais cultivadas por este grupo são igualmente proibidas. É apenas após a Segunda Guerra Mundial, passada a turbulência política, que alguns hábitos começam a ser enfim recuperados pelos teuto-brasileiros, inclusive a mídia. Este trabalho propõe justamente analisar, conjuntamente com uma retrospectiva histórica, a atual situação desta identidade e dos meios de comunicação étnicos nas comunidades de descendentes, passados quase duzentos anos da chegada dos primeiros imigrantes alemães.

Joana de Paula Cidade Miranda

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