Mesmo sem suspeita de ebola, a SES de Pernambuco emite nota para afirmar que.. não há suspeita!
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) de Pernambuco emitiu uma nota na noite desta quinta-feira (19/02) onde descarta a possibilidade de um caso de ebola no Estado. A suspeita teve início depois que uma paciente de origem africana deu entrada em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na Região Metropolitana do Recife (RMR).
A SES esclarece que o diagnóstico inicial dado a paciente descarta qualquer possibilidade de infecção por ebola. Além disso, ela não veio de nenhum país que seja área endêmica da doença.
A mulher deu entrada no início da noite desta quinta-feira na UPA da Caxangá, no Recife, e apresentava apenas um quadro de cefaleia. De acordo com seus relatos, as dores seriam crônicas. A paciente também não apresentava quadro febril.
“A SES ressalta ainda que, em nenhum momento, foi aberto protocolo para o Ebola, já que a paciente não teve contato com ninguém que tenha estado nos três países que possuem transmissão da doença: Guiné, Libéria e Serra Leoa”, esclarece o comunicado.
Ainda de acordo com a secretaria, todas as medidas foram tomadas e a paciente será transferida para a unidade de referência em infectologia no Estado, o Hospital Universitário Oswaldo Cruz.
Polícia Federal
A Polícia Federal em Pernambuco esclareceu na manhã desta sexta-feira (20) que a estrangeira da República do Congo estava tentando ir ao Canadá, para pedir refúgio no país. A conguiana acabou pedindo refúgio no Brasil, onde poderá passar um ano.
Segundo a polícia Jael Asifiwe Mungo, 26 anos, foi encontrada pela também conguiana Uzoen Sung Alemfur (com situação legal no Brasil), nas imediações do Porto do Recife e Marco Zero.
Ainda de acordo com a PF, Jael contou à conterrânea que, há cerca de um mês, pagou a funcionários de um navio atracado no porto da República do Congo para embarcar com o objetivo de chegar ao Canadá. Quando desembarcou no Recife, ela saiu andando pelas ruas da capital pernambucana, e Uzoen a encontrou por acaso e orientou-a a procurar a Capitania dos Portos.
A estrangeira foi encaminhada à sede da Polícia Federal, no Bairro do Recife, de onde foi levada ao Aeroporto do Recife, na Imbiribeira, para pedir refúgio no Brasil. A PF informou ainda que Jael formalizou o pedido com a alegação de que passava por dificuldades e era perseguida no Congo.
Segundo a polícia, nesses casos, mesmo que o estrangeiro esteja irregular no país ou não apresente nenhuma documentação, ele pode fazer o pedido de refúgio preenchendo um requerimento de solicitação, que garante um ano de permanência até o julgamento do pedido pelo Conselho Nacional do Refugiado. O prazo pode ser prorrogado de seis em seis meses até a decisão final.
O requerente estrangeiro recebe protocolo da PF e pode solicitar os documentos pessoas e até procurar emprego no Brasil. Jael foi encaminhada a um albergue que custodia estrangeiros, onde deverá receber o apoio necessário até o julgamento do seu pedido de refúgio.
A Polícia Federal informou que ao sair da Delegacia de Imigração, a conguiana não apresentava nenhum sinal de doença, mal estar ou outros sintomas.
(NE10 – 19/02/2015)