Impasse entre catarinenses e capixabas sobre o ‘berço’ da imigração italiana no Brasil.

A Colônia Nova Itália, município de São João Batista, no estado de Santa Catarina, quer recorrer da lei sancionada em 11 de janeiro por Michel Temer e que atribui ao município de Santa Teresa, no Espírito Santo, o título de berço da colonização italiana no Brasil.

Documentos comprovam que São João Batista, recebeu os primeiros italianos 39 anos antes de Santa Teresa. O historiador Paulo Vendelino Kons, responsável pela organização da festa dos 180 anos da Imigração Italiana no Brasil, na Colônia Nova Itália, trata a questão como um erro histórico do governo federal e do Congresso Nacional. Em 1836 foi fundada, por 132 imigrantes católicos do Reino da Sardenha (precursor do Reino de Itália), a primeira colônia de italianos no Brasil, a Colônia Nova Itália, localizada no vale do Rio Tijucas Grande, no que corresponde hoje ao município de São João Batista, perto de Florianópolis.

Vindo de encontro às informações de Kons, o sociólogo e doutor em História, o italiano Renzo Maria Grosselli, avalia as influências da imigração italiana, o contexto do país nos fenômenos migratórios do Século XIX e elucida a questão entre São João Batista e Santa Teresa. Grosselli explica que a realidade histórica, porém, tem que ser esclarecida.

O sociólogo acredita que os catarinenses têm certa razão em declarar que o verdadeiro berço da imigração italiana foi a Colônia Nova Itália, fundada em 1836 nas terras que hoje fazem parte do município de São João Batista. Groselli afirma que é importante definir quem foram os primeiros imigrantes italianos que chegaram ao Brasil em número significativo. Neste contexto, teríamos que afirmar que foram as quase 200 pessoas que entraram em Nova Itália, Santa Catarina.

O Munícipio