A 29a edição do festival internacional de documentários É Tudo Verdade terá início nesta semana e ocorrerá de 03 a 14 de abril, com sessões gratuitas no Rio de Janeiro e em São Paulo. Ao longo dos doze dias, o público poderá ver 77 filmes de 34 países, sendo que alguns abordam a questão migratória a partir de distintas perspectivas. O exílio forçado imposto pelas ditaduras militares na América do Sul, a “deportabilidade” tão presente no contexto dos Estados Unidos da América, as arriscadas travessias e a falta de política humana na gestão migratória no mar Mediterrâneo, a imensa burocracia no gerenciamento dos processos migratórios e a produção de memória são alguns temas que estarão presentes no maior festival de documentários da América Latina. Aproveitem!
Adeus Tibériades. Lina Soualem
Aos vinte e poucos anos, Hiam Abbass deixou para trás sua mãe, sua avó, suas sete irmãs e sua vila natal na Palestina para perseguir seu sonho de se tornar atriz na Europa. Trinta anos depois, sua filha cineasta volta com ela à vila e questiona as decisões ousadas da mãe.
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A Neve entre Nós. Pablo Martínez Pessi
Inés viaja para Kiruna, no Círculo Polar Ártico, a mais de 13 mil quilômetros do Uruguai, e revisita seu passado de exílio plasmado em centenas de cartas trocadas entre ela e seu pai preso. Cartas nas quais compartilhavam sonhos e dificuldades, onde a escrita se transformou numa força para estarem juntos, onde quer que fosse.
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Borderland – A Fronteira Interior. Pamela Yates
A fronteira dos Estados Unidos não é só uma localização geográfica. A fronteira está em toda parte. Ela está dentro de cada família de imigrantes sem documentos, com a ameaça de que, a qualquer momento, eles podem ser capturados, encarcerados, deportados e ter suas vidas destruídas. BORDERLAND expõe o custo humano cruel da imigração, ao mesmo tempo em que tece as histórias de imigrantes que querem construir um movimento social para reivindicar seus direitos humanos.
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Cento e Quatro. Jonathan Schorning
O tempo angustiante que leva para resgatar 104 pessoas de um bote de borracha que está afundando. Pessoa por pessoa, passo a passo, a ação é acompanhada por seis câmeras. As pessoas resgatadas e a tripulação esperam por dias em alto mar, porque nenhum país mediterrâneo permite que eles atraquem.
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Como agradar. Elina Talvensaari
O iraquiano Wed al-Asadi fica preso no labirinto do sistema de asilo finlandês. De repente, sair parece ainda mais difícil do que entrar.
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Mamãe Suriname – Mama Sranan. Tessa Leuwsha
Tessa Leuwsha usa imagens de arquivo colorizadas para ilustrar a vida de mulheres surinamesas, incluindo sua avó, nascida em 1905 de uma mãe branca e de um pai negro. Desprezada por sua origem mestiça, ela se muda para Paramaribo, onde cria quatro filhos sozinha. Antes da independência do Suriname, em 1975, seus filhos se mudam para a Holanda, e ela os segue a contragosto, mas encontra conforto em suas raízes espirituais.
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Órbita. Clea Eppelin Ugarte
A partir de lembranças, fotografias e uma jornada inesperada, Clea investiga o trauma do desenraizamento familiar causado pelo golpe militar de 1973 e o impacto que isso tem de uma geração para outra.
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Além das sessões presenciais no Rio e em São Paulo, de 15 a 30 de abril será possível assistir gratuitamente na plataforma de streaming Itaú Cultural Play a alguns títulos do Festival – os 9 filmes da Competição Brasileira de Curtas-Metragens e o documentário “Paraíso, Juaréz”, da Retrospectiva Thomaz Farkas, 100.
Imagem do post: divulgação É Tudo Verdade 2024.

