NEM DENTRO, NEM FORA: A EXPERIÊNCIA PRISIONAL DE ESTRANGEIRAS EM SÃO PAULO

Nem dentro, nem fora: a experiência prisional de estrangeiras em São Paulo

Neste trabalho apresento uma etnografia sobre a experiência prisional de estrangeiras em São Paulo marcada, de um lado, pelo corte com exterior (no duplo sentido do termo, extramuros e fora de seu país de origem), e, de outro, por uma série de conexões que lhes garante certas presenças e outras margens de agência no exterior.

Com base no trabalho de campo multissituado (intra, entre e extramuros) busco analisar o modo como essas mulheres se fazem estrangeiras na relação com outros agentes entre os múltiplos interiores e exteriores da prisão. Partindo de minha atuação como voluntária e pesquisadora do ITTC (Instituto Terra Trabalho e Cidadania), mas não
me restringindo a ela, persegui redes dentro de redes, fluxos por entre diferentes fronteiras, em diferentes escalas, que articulam o aprisionamento desde as pessoas (in)dividuais até os emaranhados transnacionais. Tais fluxos e fronteiras são observados a partir dos laços construídos no jogo das políticas prisionais e prisioneiras e
no exercício da maternidade.

A partir desses dois eixos, argumento acerca de como as interações por entre fronteiras prisionais e transnacionais dão vida a estrangeiras e o contrário, como as relações estabelecidas por, e em torno dessas mulheres, dão vida a tais fronteiras em diferentes escalas.

Bruna Louzada Bumachar

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