Estudo indica que venezuelanos com ensino superior completo têm dificuldades na inserção equivalente no mercado de trabalho.

O perfil do fluxo migratório de venezuelanos que deixam seu país é amplamente variado, como demonstra um estudo da Polícia Federal baseado em uma amostra de três mil refugiados venezuelanos no Brasil, feito em 2017. Além disso, consta como fator de saída a esperança de arrumar emprego e mandar dinheiro para a família, enfrentando, assim, a fome e a precariedade da saúde que a Venezuela enfrenta.

Do total de 17,8 mil venezuelanos que migraram para o Brasil no ano passado, 1,9 mil (6,2%) são engenheiros e 862 (4,8%) são médicos. A mesma quantidade (4,8%) se declarou economista. Também há grande número de professores e funcionários da aeronáutica venezuelana.

A maior queixa apresentada por esses profissionais que vêm ao Brasil é a dificuldade em achar vagas equivalentes ao nível de escolaridade. Muitos deles se reconhecem como mão-de-obra barata, não aproveitando os diplomas com ensino superior.

A Secretaria de Comunicação do Governo informou que vai realizar ações como o governo federal para melhorar o atendimento aos imigrantes. Recentemente, foi criado o Portal Carolina Bori com o objetivo de facilitar o reconhecimento dos diplomas e disponibilizar informações online. Como mais de 25% dos imigrantes alegam possuir o curso superior, o governo de Roraima disse que o governo federal vai trabalhar no “sentido de garantir a revalidação dos diplomas de professores e médicos”.

Nathalia Barbosa

Gazeta Online