Os grupos que atuam em comunidades de maior situação de vulnerabilidade perceberam a diminuição das doações ao longo da pandemia, mas a demanda continua a existir. Com o agravo da disseminação do vírus, suas novas cepas, o consequente aumento de mortes, a paralisação e diminuição do auxílio emergencial e o cansaço mental que a todos acometeu, algumas dessas instituições têm clamado para que o apoio não cesse.
“Segundo levantamento feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o número de pessoas no Brasil que vivem abaixo da linha da pobreza quase triplicou entre agosto de 2020 e fevereiro deste ano. Atualmente, 27 milhões de pessoas vivem nessa situação, o que corresponde a 12,8% da população brasileira”, informou a Veja.
No Rio de Janeiro, destacam-se diversas ações mobilizadas pela sociedade civil organizada e entidades de classe, entre elas: Prato das Comunidades (Complexo do Alemão); Redes da Maré (Complexo da Maré); Eu Ajudo como Dá (grupo de voluntários); Rio Contra a Fome (Prefeitura do Rio); Rio de Paz (sede morro do Jacarezinho); Cidadania Contra a Fome (Firjan/SESI); Jornada da Solidariedade (MST); e Projeto Primeira Chance (São Gonçalo).
Especificamente para as famílias de migrantes transnacionais e refugiados residentes no Rio de Janeiro, buscamos levantar algumas instituições que focam nas doações a este público também afetado pela covid-19, com o acréscimo das dificuldades inerentes ao deslocamento e à adaptação em outro país. Todos os contatos foram levantados por nossa equipe e de nosso conhecimento direto.
Confira:
Amigos da Feira Chega Junto
A Feira Chega Junto acontecia um sábado por mês no bairro de Botafogo, na zona sul carioca, até a pandemia paralisar as atividades. Desde então, voluntários da feira têm se mobilizado para garantir atividades que deem aporte financeiro aos migrantes e refugiados que comercializavam seus produtos no evento cultural. Aos que ainda não conseguiram trabalho ou cuja renda não é insuficiente, os voluntários pedem cestas básicas para auxílio.
Contato: Naiara (21) 98071-1720.
O que doar: Cesta básica ou dinheiro para a compra das cestas.
Entrega: Copacabana (combinar com Naiara).

ASPAS – Ação Social Paulo VI
O projeto compõe a dimensão social da Diocese de Duque de Caixas e, junto à Cáritas Arquidiocesana, estão ligadas à Cáritas Brasileira. A ASPAS busca doações de materiais de higiene pessoal, álcool gel e máscaras, materiais de limpeza domésticos e enxoval para bebês.
Contato via e-mail: aspasvi@gmail.com ou na página do Facebook.

Centro de Apoio aos Refugiados – ASVP
A instituição atende hoje 700 famílias de migrantes e refugiados, número que abrange em torno de 2.500 pessoas, segundo a assistência social da casa. O atendimento inclui apoio jurídico (especialmente pela regularização migratória), psicológico e social atendendo a demandas mais urgentes do cotidiano dessas famílias, como alimentos não perecíveis e produtos de higiene pessoal.
Onde doar: Rua Muniz Barreto, 100 – Botafogo (Rio de Janeiro), de segunda à sexta, preferencialmente entre 9h e 16h.
Mais informações aqui ou pelo Folheto institucional ASVP.
Diaspotics (Dra. Adriana Assumpção)
Colaboradora do grupo Diaspotics/UFRJ, Adriana Assumpção desenvolve trabalhos com crianças equatorianas em Copacabana, especialmente no âmbito da leitura e da educação infantil e junto a esta comunidade tem identificado necessidades básicas relacionadas ao âmbito familiar. A campanha, pela qual há apoio do referido grupo, ainda busca arrecadações, voltadas especialmente para livros de literatura, brinquedos e objetos domésticos.
Contato: Adriana (21) 99592-4107.

Mawon
Fundada por Bob e Mélanie Montinard, a Mawon é um negócio social que atua como consultoria e associação desenvolvendo a integração social e econômica de imigrantes e refugiados. Na busca pela diminuição dos impactos causados pela pandemia, a instituição abriu uma conta para doações:
Associação Brasileira de Apoio à Integração de Migrantes
29.278.782/0001-07
PagBank (290)
Ag: 0001
Cc: 15353250-2
Em um caso específico, a Mawon apoia uma arrecadação destinada à família do venezuelano Marco Mendoza. Mais informações no site da Mawon.

Conhece outros lugares que precisam de doação? Contate-nos pelo e-mail oestrangeiro.org@gmail.com.