Selecionamos algumas das principais notícias veiculadas na mídia durante o mês de maio de 2019.

 

Pesquisa revela nível de escolaridade de refugiados no Brasil

Pesquisa pesquisa inédita feita pela agência da ONU para refugiados (Acnur) revela que os refugiados que residem no Brasil têm grau de escolaridade acima da média dos brasileiros. Contudo, enfrentam grande dificuldade na validação de seus diplomas e são os mais afetados pelo desemprego no país.

Segundo o levantamento realizado com 487 refugiados de 14 cidades de oito unidades da Federação, 34,4% deles concluíram o ensino superior, nível elevado se comparado com os 15,7% dos brasileiros que atingiram o mesmo grau de ensino. A reportagem divulgada pela Folha de S. Paulo também mostra que apenas 31,8% dos entrevistados conseguem utilizar suas formações profissionais em seus atuais trabalhos.

Ficaram de fora da pesquisa pessoas ainda não reconhecidas como refugiadas, o que exclui os venezuelanos do levantamento de dados, já que a maioria ainda não teve seus pedidos de refúgio analisados. Mais de 70% dos entrevistados vieram da Angola, Colômbia, República Democrática do Congo e Síria.

 

Crianças venezuelanas se arriscam ao cruzar rotas ilegais para estudar no Brasil

Os estudantes moradores do lado venezuelano se veem forçados a enfrentar e correr riscos em rotas ilegais para chegar às escolas que frequentam na cidade de Pacaraima, em Roraima. Desde que Nícolas Maduro ordenou o fechamento das fronteiras, há 2 meses, crianças e adolescentes com idades entre 3 e 13 anos transitam por caminhos clandestinos e trilhas cansativas para conseguirem estudar.

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Com fronteira fechada, estudantes venezuelanos cruzam rotas ilegais para ter aulas em Pacaraima Foto: Emily Costa/G1 RR

De acordo com o portal G1, há aqueles que cruzam a fronteira com os pais e alguns até mesmo sozinhos. Na travessia, são frequentes os relatos de extorsão pelos militares para permitir a passagem. Além disso, pais de crianças contam que os filhos têm de passar diariamente pela mira de militares. “Há dias em que os militares não nos deixam passar, como na semana passada quando ocorreram reuniões na aduana venezuelana. Meus filhos só podem estudar quando os militares permitem”, conta a mãe de um dos alunos ao G1.

 

 

24ª edição da Festa do Imigrante em São Paulo no mês de junho

Começou no último domingo (2/6) a 24ª Festa do Imigrante no Museu da Imigração, que fica no bairro da Mooca, em São Paulo. O evento ocorre ainda nos dias 8 e 9 de junho, das 10h às 17h30. Segundo os organizadores, a edição anterior da festa reuniu cerca de 20 mil pessoas.

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Sabor Paulista oferece oficinas gastronômicas de 18 países na Festa do Imigrante  Foto:Divulgação/Rede Globo

De acordo com o G1, o espaço do Sabor Paulista oferecerá oficinas gastronômicas de 18 países na festa, com duração de 45 minutos cada. Além disso, o evento contará com 59 expositores de alimentação, 29 de artesanato e apresentação de 48 grupos artísticos. Todas as ações são marcadas pelas tradicionais culturas italiana, portuguesa e espanhola, e por culturas contemporâneas, como venezuelana, síria, camaronesa e moçambicana. Confira aqui a programação completa disponibilizada pelo Museu da Imigração.

 

Enem 2019: refugiados já somam 68 milhões de pessoas no mundo

O número de refugiados chega a 68 milhões de pessoas espalhadas ao redor do mundo, segundo matéria publicada no jornal O Globo. O dado foi fornecido pelas Nações Unidas. Desse total, 40 milhões são deslocados internos, 25 milhões são refugiados e 3 milhões, solicitantes de asilo.

A publicação também esclareceu a diferença entre migrante e refugiado, visando explicar as denominações para a compreensão daqueles que farão o ENEM este ano. As crises migratórias são consideradas um dos fenômenos mais importantes da atualidade, tendo grande chance de ser abordada nos vestibulares.

Além disso, destacou os conhecidos como “refugiados climáticos”, apontou quem são os maiores grupos de refugiados, e onde eles se encontram, além dos países que mais recebem essas pessoas. A situação migratória da Europa e do Brasil, e os imigrantes indígenas do país foram outros temas abordados na matéria sobre o ENEM.

 

Saiba quem é a “mãe dos imigrantes”, com 450 filhos, em Porto Alegre

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Neusa e a família haitiana Exume: Guerline e as pequenas Wildialine, 7 anos, e Wisline, 2.
Foto: Mateus Bruxel / Agencia RBS

A história da técnica de enfermagem Neusa Batezini Scherer, de 64 anos, que ajuda imigrantes na zona norte de Porto Alegre, foi publicada no jornal GaúchaZH. Neusa começou uma ação social em 2015, e atendia senegaleses e haitianos que passavam ou moravam pela capital. A ação inclui a distribuição de cestas básicas aos que mais precisam.

Por sua atitude, a técnica de enfermagem passou a ser chamada de “mãe” pelas pessoas que chegam e recebem ajuda dela. Hoje, o número de “filhos” soma mais de 450 pessoas.

Durante a entrevista, Neusa conta como foi o primeiro encontro com esses imigrantes, quando já era conhecida pela vocação para o voluntariado. Ela destaca o preconceito e as dificuldades que encarou no início do trabalho e lembra como sua família a apoiou em todo momento. Neusa conta ainda como ganhou o apelido de “mãe” das pessoas que ela ajuda.

 

 

 

Clipping por: Juliana Martinez, Vitória Barbosa e Myla Guimarães, sob supervisão de Fernanda Paraguassu.