Leia a seguir os destaques da mídia brasileira sobre temas relacionados a migrações transnacionais em julho de 2020:

Paraguai mantém fronteira fechada com Brasil por temor da pandemia

O presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, demonstrou preocupação com a situação da pandemia da Covid-19 no Brasil e anunciou que manterá a fronteira fechada com o país. Segundo o portal G1, a fronteira permanecerá fechada até que o número de novos casos no Brasil pare de aumentar. Benítez destacou que Ciudad del Este, que faz fronteira com Foz do Iguaçu, no Paraná, a 330 km da capital Assunção, é uma das cidades com mais casos no Paraguai.

Congolesa refugiada no Brasil destaca sua luta pelos direitos humanos

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© ACNUR/Miguel Pachioni e Mariana Soares

A congolesa Prudence Kalambay conta que deixou a vida na República Democrática do Congo em busca de paz em outro país. Em artigo divulgado pelo Acnur (Agência da ONU para Refugiados) e divulgado no HuffpostBrasil, Prudence revela detalhes da difícil jornada que a trouxe até o Brasil e da realidade que encontrou muito diferente do que vê nas novelas. Entre seus planos para o futuro, a congolesa afirma que quer ajudar mães e crianças em situação de vulnerabilidade, independentemente da nacionalidade.

Ministério da Defesa prevê tensões no entorno do Brasil

As diretrizes atualizadas das Forças Armadas consideram a possibilidade de tensões e crises na América do Sul e na extensão do Atlântico até a costa da África Ocidental. De acordo com matéria publicada no jornal O Globo, além de “consequências ambientais e políticas” de pandemias e de mudanças climáticas, as diretrizes levam em conta o fluxo de milhares de refugiados venezuelanos par ao Brasil diante da crise humanitária e econômica do país vizinho.

Refugiados venezuelanos têm curso virtual de português em centros
de acolhimento em Roraima

Sete abrigos da Operação Acolhida vão oferecer a partir de agosto cursos virtuais de português para venezuelanos. De acordo com a Folha BV, o objetivo do projeto é apoiar a integração dos imigrantes e refugiados no Brasil. O trabalho é organizado por organizações internacionais, com o apoio do governo brasileiro e contará com instrutores do Senac.

Crise favorece exploração de imigrantes que costuram material de proteção

O trabalho de imigrantes costureiros que já era mal remunerado ficou ainda pior por causa da pandemia. Matéria publicada no jornal Folha de S.Paulo afirma que bolivianos e paraguaios que costuram material de produção contra o vírus enfrentam a concorrência de outros imigrantes que reduziram o preço da sua produção de maior quantidade. A maior parte é formada por mulheres, que recebem alguns centavos por cada peça costurada em prazos muito curtos. Além de intermediários que dificultam o estabelecimento de vínculo empregatício, a falta de auditores é outro obstáculo mudar a situação. Na matéria do jornal, há uma lista com lugares que onde recomendam que sejam encomendadas máscaras de imigrantes feitas com trabalho digno.

Por Fernanda Paraguassu
Jornalista e pesquisadora do Grupo Diaspotics