Migrância é uma das maiores tragédias desde 2a. Guerra, segundo professor de Sorbonne

“A ‘migrância’ é uma das questões mais trágicas que temos vivido desde a Segunda Guerra Mundial. E é uma questão também muito próxima do Brasil, não apenas por ter recebido migrantes desde o início do século 19, mas também por se confrontar com a questão dos deslocamentos territoriais dentro do espaço latino-americano”, afirma Leonardo Tonus, professor de Literatura Brasileira na Sorbonne Université de Paris e idealizador do Projeto Migra, em matéria publicada no Uol. De acordo com o texto, o número de pessoas deslocadas no mundo ultrapassa 80 milhões. Dados do Acnur apontam o agravamento do cenário devido à pandemia da Covid-19, que deixa ainda mais vulneráveis as populações que já viviam em situações de risco. A ONU prevê que, em 2021, o mundo terá a pior crise humanitária em décadas.

Curso online capacita profissionais de saúde que atendem refugiados

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) oferece 25 vagas para o curso de capacitação “Saúde Mental e Atenção Psicossocial na imigração” direcionado aos profissionais de saúde que atendem refugiados e migrantes. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas até o dia 10 de junho, por meio de formulário eletrônico. De acordo com matéria do G1, o curso é 100% online e aborda conceitos e boas práticas para estimular e fortalecer o acolhimento psicossocial dessa população no Brasil.

Brasil reconhece mais de 900 crianças venezuelanas em 2021

Cerca de 900 crianças venezuelanas foram reconhecidas como refugiadas pelo governo brasileiro neste ano. Ao todo, desde 2019, o Brasil recebeu 3 mil crianças da Venezuela. De acordo com matéria do site do Ministério da Cidadania, dados atualizados até o dia 27 de abril mostram que mais de 265 mil migrantes e refugiados venezuelanos solicitaram regularização migratória. Mais de 400 cidades brasileiras já os receberam por meio do processo de interiorização, que oferece oportunidades de inserção socioeconômica.

Mães refugiadas sofrem com despejo em comunidades por dívidas

Crises econômicas e as sistemáticas desigualdade e violência de gênero têm impacto na vida das mulheres que são as principais cuidadoras e chefes de família. Sem opções, elas carregam seus filhos durante a viagem para o exílio quando se veem ameaçadas na terra de origem. No Rio de Janeiro e em São Paulo, há casos de mães refugiadas que são despejadas por não terem como pagar aluguel. De acordo com matéria da CNN Brasil, por não terem como apresentar fiador, muitas vezes elas acabam alugando do crime organizado.

Deslocamento forçado causa impactos na saúde mental de refugiados

A experiência do deslocamento forçado tem um impacto psíquico profundo e pode deixar cicatrizes, como saudade, trauma e luto. Por isso, o Grupo Veredas trabalha com os imigrantes e refugiados para compreender e promover a saúde mental. De acordo com a psicanalista Miriam Debieux, que coordena o grupo, a saúde mental possibilita ao imigrante e refugiado recuperar o seu lugar tanto de fala quanto de poder usufruir das poucas ofertas que as instituições daqui podem fornecer”. Leia declarações completas de Debieux ao blog Inconsciente Coletivo, publicado no Estadão.

Projeto incentiva o protagonismo juvenil no acolhimento de refugiados

O jornal infantojuvenil Joca promove o projeto “Mi Casa, Tu Casa” (Minha Casa, Sua Casa), em parceria com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), para integrar crianças de todo o Brasil em diversas ações com jovens venezuelanos em Roraima. O projeto incentiva seus leitores, escolas e outras instituições de ensino a participarem da arrecadação de livros voltados ao público infantojuvenil tanto na língua portuguesa como da língua espanhola, além da troca de mensagens com crianças venezuelanas. Conheça mais detalhes sobre o projeto na matéria publicada no Correio Braziliense.

Pandemia agrava situação de refugiados idosos na AL

A pandemia de Covid-19 agravou a situação de refugiados da terceira idade na América Latina. De acordo com o Acnur e a HelpAge, a pandemia está colocando essas pessoas em risco. Entre as dificuldades, apontam o acesso limitado a serviços essenciais, a falta de alimentos e a perda do emprego que era o sustento da família. Por isso, a ONU pediu à comunidade internacional que inclua os idosos em situação de refúgio como um grupo prioritário em suas agendas. Veja mais detalhes no site da ONU News.    

PF combate migração na fronteira com Guiana Francesa

A Polícia Federal deflagrou a Operação Catraia, no município de Oiapoque, extremo norte do Amapá, na fronteira franco-brasileira, para combater o crime de migração ilegal.Cerca de dez policiais federais cumpriram dois mandados de busca e apreensão, em residências de suspeitos investigados por envio e entrada no Brasil, por meio fluvial, de pessoas para trabalho em garimpos clandestinos, sobretudo na Guiana Francesa. De acordo com a Agência Brasil, este ano, a PF já deflagrou outras três operações, em Oiapoque, tendo como principais alvos coiotes, como são conhecidos os criminosos que atuam na promoção de migração ilegal.

Manifesto reivindica liberdade de togolesa presa no Carandiru

A refugiada do Togo no Brasil desde 2014, Falilatou Estelle Sarouna, foi detida ao registrar uma ocorrência de invasão de sua residência, na delegacia da Polícia Civil, onde foi informada de suas acusações e detida. Acusada de fazer parte de um esquema de extorsão, está presa no Carandiru em São Paulo. A prova contra ela é uma assinatura em documento de abertura de conta bancária, diferente da habitual, segundo a defesa, no pedido de habeas corpus. De acordo com matéria publicada no iG, o manifesto que reivindica a liberdade da togolesa – que não sabe escrever nos padrões ocidentais – já conta com mais de 1700 assinaturas, incluindo mandatários, entidades e movimentos sociais.

Por Fernanda Paraguassu
Jornalista e integrante do grupo Diaspotics