O Festival do Rio já começou, e ainda é tempo de aproveitar um dos maiores festivais de cinema da América Latina. Preparamos uma lista com 17 filmes que abordam migração, refúgio, interculturalidade e fronteiras. O Festival vai até 16 de outubro, e as sessões acontecem diariamente em diferentes cinemas do Rio de Janeiro e Niterói. A lista completa de filmes pode ser acessada aqui. Aproveite!

Return to Seoul. Davy Chou (Camboja / França)

Adotada por uma família francesa, Freddie é uma jovem de 25 anos que retorna pela primeira vez à Coreia do Sul, país onde nasceu. Na terra que lhe é estranha, ela inicia uma investigação sobre suas origens que toma direções surpreendentes e inesperadas. Seleção oficial da mostra Un Certain Regard no Festival de Cannes 2022.

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A Vítima. Michal Blasko (Eslováquia)

Irina, uma mãe solteira ucraniana, vive com seu filho, Igor, em uma pequena cidade fronteiriça tcheca. Quando descobre que Igor foi atacado por três ciganos, seu mundo desaba. Com o tempo, no entanto, ela começa a perceber incoerências na história contada pelo filho. Exibido no Festival de Veneza 2022.

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Nossa Senhora da Loja do Chinês. Ery Claver (Angola)

Trazida por um comerciante chinês, uma peculiar imagem de plástico de Nossa Senhora movimenta um bairro de Luanda. Uma mãe enlutada busca a paz, um barbeiro comprometido inicia um novo culto e uma criança solitária procura vingar a perda de um amigo.

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La Encomienda. Pablo Giorgelli (Argentina)

Imagem: Festival do Rio

Uma embarcação que tenta ingressar clandestinamente nos Estados Unidos naufraga em meio ao oceano. Pietro acreditava estar sozinho, mas encontra companhia. Os sobreviventes lutam contra a escassez de água e comida. As inclemências do tempo agravam a situação e degradam a saúde dos náufragos, levando-os a lutar desesperadamente pela sobrevivência no imenso mar.

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Os Harkis. Philippe Faucon (Marrocos)

Salah, Kaddour e outros argelinos entram para o exército francês como “harkis”. A guerra torna o destino deles incerto, mas o tenente Pascal, líder do grupo, enfrenta a hierarquia e exige a repatriação de todos os combatentes argelinos da sua unidade. Exibido na Quinzena dos Realizadores no Festival de Cannes 2022.

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Garotos Ingleses. Marcus Curvelo (Brasil)

O Cemitério dos Ingleses, na Bahia, é reservado aos cidadãos de origem inglesa e seus descendentes. Dois baianos fazem exames de DNA em busca de uma possível ancestralidade que os qualifique ao espaço.

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7 Cortes de Cabelo no Congo. Luciana Bezerra (Brasil)

São sete cortes. Sete experiências de exilio. A República Democrática do Congo e o Brasil se reencontram com sua História em comum no Calijah, um pequeno salão de beleza no subúrbio carioca especializado em cortes afro. É de lá que Fernando “Pablo” Mupapa, o dono do salão e protagonista, acalenta e constrói seu sonho da revolução anti-imperialista junto à sua comunidade. São narrativas diretamente do coração da África e que têm muito a ensinar sobre os poderes que dominam o mundo contemporâneo. É arte, não é arte, é panfleto, e volta a ser arte.

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Exu e o Universo. Thiago Zanato (Brasil)

Imagem: Festival do Rio

No Brasil, país onde a liberdade de culto está sob ataque e o racismo é sistêmico, um professor nigeriano e sua comunidade lutam para provar que seu deus Exu não é o diabo. Exu e o Universo é um filme sobre a descolonização do pensamento e a influência do povo Iorubá no Brasil e ao redor do mundo.

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Meu Lugar no Mundo. Adrián Silvestre (Espanha)

Raphi é uma jovem francesa que trabalha em Barcelona e sonha em formar uma família tradicional, mas não tem sorte nos encontros. Diagnosticada com disforia de gênero, ela inicia o processo de transição que a levará a uma árdua viagem para encontrar sua identidade e lugar no mundo.

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As Bestas. Rodrigo Sorogoyen (Espanha)

Um casal francês se muda para uma vila no interior da Galícia, buscando proximidade com a natureza. Eles levam uma vida sossegada, plantam vegetais e recuperam casas abandonadas, mas não têm uma boa relação com os outros habitantes. Uma recusa, especificamente, acentua o desentendimento com dois irmãos da vizinhança, levando a situação ao limite. Exibido no Festival de Cannes 2022.

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Nanny. Nikyatu Jusu (Serra leoa / EUA)

Aisha é uma imigrante do Senegal que vive ilegalmente nos Estados Unidos, trabalhando como babá para uma rica família em Manhattan. Ela luta para reencontrar o filho, deixado no país natal. No entanto, quando sua chegada se aproxima, ela é atormentada por uma presença sobrenatural que parece estar entre seus sonhos e a vida real. Vencedor do Grande Prêmio do Júri no Festival de Sundance 2022.

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As Nadadoras. Saly el Hosaini (Egito / País de Gales)

A incrível jornada das irmãs nadadoras Yusra e Sarah Mardini, que usaram suas habilidades por horas para empurrar um bote repleto de refugiados enquanto fugiam da Síria. No ano seguinte, Yusra, a mais nova, disputou os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Baseado em fatos reais.

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Uma Noite em Haifa. Amos Gitai (Israel)

Imagem: Festival do Rio

Durante uma noite fatídica na cidade portuária de Haifa, as histórias de cinco mulheres se entrelaçam em um clube onde israelenses e palestinos se encontram e se relacionam. Seleção oficial do Festival de Veneza 2020.

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Mãe e Filho. Léonor Serraille (França)

No final da década de 1980, Rose se muda da Costa do Marfim para Paris com seus dois filhos pequenos. Ao longo de 20 anos, de sua chegada à França até os dias atuais, o filme é a crônica comovente da construção e desconstrução de uma família. Seleção oficial do Festival de Cannes 2022.

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Cidadãos Preocupados. Idan Haguel (Israel)

Ben vive num bairro repleto de imigrantes em Tel Aviv com seu namorado, Raz. Eles pensam em conseguir uma mãe de aluguel para o primeiro filho do casal e Ben busca alegrar a vizinhança plantando uma árvore na rua. Sua boa ação, no entanto, gera uma sequência de eventos que culminam numa ação violenta da polícia, o enchendo de culpa. Exibido na mostra Panorama no Festival de Berlim 2022.

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Em Viagem, o Papa. Gianfranco Rosi (Itália)

Em 9 anos de pontificado, o Papa Francisco fez 37 viagens, visitando 53 países. Seus itinerários seguem o fio dos temas centrais do nosso tempo: pobreza, meio ambiente, migração, paz e solidariedade. Numa espécie de Via Sacra, Francisco testemunha o sofrimento do mundo e experimenta a dificuldade de fazer mais, para além do conforto oferecido por suas palavras e sua presença. O cineasta Gianfranco Rosi segue seus passos e cria um diálogo entre seus registros e os arquivos das jornadas do religioso.

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