Circula um abaixo-assinado contra a extinção da Fundação Casa de Rui Barbosa. A associação dos servidores da instituição afirma que “há uma proposta de medida provisória em elaboração com o intuito de transformar a FCRB em Museu, incorporando a estrutura regimental do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM)”. A mensagem acompanha o pedido de assinaturas, que já ultrapassou 8 mil.
No domingo, a coluna da Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, divulgou que o plano de extinção está alocado no Ministério da Cidadania e na Secretaria Especial da Cultura, que trocou hoje (20/05) sua chefia. Sai Regina Duarte e deve entrar Mario Frias, ambos ex-atores de telenovelas.
Em seu Twitter, a presidente da Fundação negou o atentado governamental à instituição e acusou a Folha de São Paulo de ‘tumulto’.
A coluna da Folha ainda lembra que a bancada do PSOL na Câmara entrou com pedido de requerimento de informação sobre o processo no ministério. Eles afirmam que a fundação é “responsável pela maior e mais significativa produção de conhecimento sobre políticas culturais do Brasil, o que dificilmente conseguiria ser gerido pelo Ibram”. O ministério e a secretaria não responderam, segue a nota do jornal.
O Estrangeiro lembra que a Fundação Casa de Rui Barbosa atua de forma ímpar na defesa dos direitos dos imigrantes e refugiados e abarca o Centro de Estudos de Direito e Política de Imigração e Refúgio (CEDPIR). Com uma abordagem interdisciplinar, o objetivo do Centro é incentivar e fomentar a pesquisa na área do direito e da política migratória internacional. Para a comunidade acadêmica, diversos eventos de destaque internacional são realizados no prédio, que fica no bairro de Botafogo, zona sul carioca. Anteriormente, já destacamos outras tentativas de desmonte das pesquisas da instituição referentes ao tema migratório.
Você pode assinar o abaixo-assinado aqui.
Otávio Ávila
Pesquisador do Diaspotics/UFRJ, editor do oestrangeiro.org
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