“Falta debate sobre o racismo relacionado à migração no Brasil”, diz advogada brasileira em Paris
O portal Uol reproduziu em seu site uma entrevista da advogada e pesquisadora em Sociologia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) Karina Quintanilha, dada à RFI Brasil, sobre a relação entre política migratória e racismo de estado.
A entrevistada apontou documentos que existem para promover a igualdade e a proteção de migrantes, mas que estão constantemente sob ataques. Também comentou sobre a forma que as fronteiras foram fechadas durante a pandemia, o que prejudicou, principalmente, venezuelanos e haitianos. Karina ainda discorreu sobre outros pontos, como a visão de imigrantes como pessoas perigosas, o aumento de deportações de 2019 para 2020, o caso Moïse, e a relação da migração com o trabalho escravo.
‘Tudo por eles’: Mães solteiras venezuelanas enfrentam saga da migração em busca de vida melhor para filhos
Postada no Dia das Mães, a matéria da BBC Brasil conta as histórias de Verónica Guillent e Jairobis Parras, duas mães que deixaram a Venezuela e conseguiram, aqui no Brasil, apoio para a regularização da situação migratória, assim como empregos informais. O projeto “Ven, Tú Puedes” auxilia imigrantes venezuelanos e revela, a partir de um levantamento de dados, que 60% das mulheres amparadas são chefes de família.

Como a língua portuguesa do Brasil é atravessada pela imigração
Juliana Morales aproveitou o Dia Mundial da Língua Portuguesa (05/05) para expor os atravessamentos que ajudaram a construir a língua falada no Brasil. Com um fio que costura escravidão, incentivo ao “branqueamento” da população e políticas de apoio à imigração europeia e asiática, é explicado como a língua portuguesa no Brasil passou a assimilar novas palavras e expressões.
A matéria do Guia do Estudante também compartilha dados sobre migrações internacionais no século 21, além de promover a exposição “Sonhei em português!”, que fica em cartaz até 12 de junho de 2022, no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo.

Mulheres migrantes abortam, e seus direitos também importam
Com a despenalização da interrupção voluntária de gravidez na Colômbia em fevereiro deste ano, mulheres migrantes também estão seguras para abortar no país. Além de ser uma grande conquista de saúde pública, também é um grande passo para migrantes, visto que, ao serem amparadas pela lei, são vistas e reconhecidas como sujeitos de direito, algo raro de acontecer com povos de migração. Leia mais na coluna “Latinoamérica21”, na Folha de S. Paulo.
ONG pede que Fifa pague indenização milionária a trabalhadores migrantes maltratados no Catar
Diante das denúncias de más condições de trabalho dos operários migrantes que conduzem as obras para a Copa do Mundo no Catar, a ONG Anistia Internacional solicitou que a Fifa pague indenização de US$ 400 milhões a esses trabalhadores. A Federação Internacional de Futebol enviou um comentário à AFP informando que a proposta da ONG está em avaliação. Leia mais no portal de notícias Uol.
Juiz dos EUA mantém polêmica medida sanitária que restringe entrada de imigrantes
“Título 42”: esse é o nome da medida sanitária, adotada durante a pandemia por Donald Trump, que restringiu o acesso de migrantes sem visto por meio de fronteiras terrestres. Violação do direito internacional, a medida seria finalizada no último 23 de maio, mas foi mantida por meio de uma liminar do juiz Robert Summerhays. Leia no Jornal o Globo.

Mais de 100 países firmam acordo por migração segura pelo mundo
Após uma reunião de quatro dias, mais de 100 países aprovaram uma declaração de 13 páginas para alcançar processos de migração seguros e ordenados. Aprovado por consenso pelos países membros da ONU, o documento teve uma aprovação marcada por falas do presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, Abdulla Shahid, assim como do diretor-geral da Organização Internacional para as Migrações, Antonio Vitorino. Confira no Portal G1.
Filmes exibidos em Cannes discutem islã, racismo e perseguição a imigrantes
O jornal Estado de Minas evidenciou os filmes “Boy from heaven” e “RMN”, respectivamente dirigidos pelo sueco Tarik Saleh e pelo romeno Cristian Mungiu, e que concorreram à Palma de Ouro no Festival de Cannes. Ambas as produções escancaram questionamentos sobre a xenofobia alimentada diante daquilo e daqueles que mal se conhece.
“‘Boy from heaven’ documenta com precisão as doutrinas opostas da corrente majoritária do islã, e oferece aos espectadores o olhar – de dentro – de um mundo pouco conhecido. […] ‘RMN’ conta a história de uma cidade na Transilvânia onde coabitam várias comunidades, incluindo romenos, húngaros e alemães. O cotidiano é alterado com a chegada de três cingaleses para trabalhar em uma padaria. A presença deles afeta os vizinhos e o clima fica cada vez mais tenso.”
A viagem dos que não voltam: a difícil jornada de imigrantes africanos na Espanha
A partir da narrativa sobre Nabody, criança nascida em Bali que morreu aos 2 anos após chegar nas Ilhas Canárias, Susana Bragatto escreve em seu blog, na Folha de S. Paulo, um panorama atual sobre os imigrantes, principalmente os jovens, que buscam uma nova vida na Espanha.
“Estima-se que há atualmente mais de 200 ‘menas’ (sigla para Menores Estrangeiros Não Acompanhados) vivendo em situação de rua ou em ‘infravivendas’ na cidade. O termo ganhou uma conotação negativa nos últimos anos, sendo associado no imaginário popular ao noticiário sobre delitos cometidos por imigrantes.”
