Depois de dois anos, o Rio Refugia retornou presencialmente celebrando as culturas estrangeiras com o público carioca nas vésperas do Dia Mundial do Refugiado (20 de junho). O evento é realizado desde 2017 nas dependências do Sesc RJ, no Rio de Janeiro, de forma gratuita, e nesta sexta edição foi organizado, além do Sesc, pelas entidades Abraço Cultural, Chega Junto e PARES Cáritas, com apoio do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

O público pôde chegar a partir das 12 horas do último sábado (18) e só foi embora por volta das 18 horas, quando o grupo Coral do Rei, de ritmos africanos, encerrou as apresentações no palco musical. Além dele, o grupo Saoko, que toca canções latinas, e oficinas de percussão e dança ofereceram diversidade musical ao público. O sucesso do evento foi comentado por Katlen Camacho, voluntária de mobilização de recursos da PARES Cáritas RJ: “Cheguei às 14hs e estou vendo bastante movimentação. Mesmo com pandemia e chuva o pessoal compareceu”.

Nos dias que precederam o evento, os perfis de redes sociais do Rio Refugia e das entidades organizadoras alimentaram o interesse da audiência com uma variedade de atrativos culturais que o justificam como um dos eventos mais esperados do ano. Por um lado, os brasileiros têm a oportunidade de conhecer novos sabores, ritmos e produtos; pelo lado dos migrantes, mais uma oportunidade de ponto de venda e circulação da sua marca e seu negócio cultural. O venezuelano George Montes, que vive no Brasil há 7 anos e é, em parceria com o brasileiro Leandro Freitas, dono do George’s Gourmet, um empreendimento de confeitaria, participou pela primeira vez do Rio Refugia e vendeu todos os produtos: “O evento ajuda a gente a alcançar mais pessoas e a valorizar o nosso trabalho”.






Quem foi ao Rio Refugia pôde escolher entre o artesanato e a culinária colombiana, congolesa, gambiana, haitiana, nigeriana, peruana, síria, togolesa e venezuelana. Atividades culturais para o público também aconteceram com o aulões de ritmos latinos e as oficinas culturais de pintura kuna colombiana, caligrafia árabe, tranças latinas e amarração de turbantes. Alina Tsukanova, ucraniana residente há cerca de 5 meses no Brasil, foi uma das pessoas que compareceu e conseguiu aproveitar bastante: “Foi uma experiência muito interessante ver diferentes culturas, diferentes tipos de música. Me perguntaram se eu queria aprender algumas danças e eu aceitei!”. Celebração ímpar no Rio de Janeiro, que aos poucos volta a se encontrar fisicamente com suas formas transnacionais de cidadania.

Programe-se:
As celebrações do Dia Mundial do Refugiado vão até o dia 26/06 e podem ser acompanhadas pelo perfil do Rio Refugia no Instagram (aqui).
- Feira Virtual
- Conteúdos culturais
- Webinário
- 24/06, às 18h: “Por que e como contratar refugiados e migrantes” (Youtube PARES Caritas).
- 26/06: Bate-papo e show com a banda Coral do Rei (redes sociais do Sesc RJ).


