O X Fórum de Migrações: mobilidade humana, espaço urbano e ativismo social será realizado entre os dias 24 e 26 de outubro de 2022, no campus da Praia Vermelha da UFRJ.
==================================================================
Veja a programação completa:
PROGRAMAÇÃO COMPLETA
Coordenação: Mohammed ElHajji e Maria Alice de Faria Nogueira
Dia 24/10 – segunda-feira
Mesa de Abertura – Mobilidades humanas, espaço urbano e ativismo social (08:30h – 09:00)
Prof. Mohammed ElHajji, Profa. Suzy dos Santos e Profa. Maria Alice de Faria Nogueira
Mesa 1 – Espaço urbano e comunidades migratórias (09:00h – 10:30)
Moderação: Sidney Dupeyrat de Santana
“Migrantes nas cidades brasileiras: entre presença e invisibilidade” – Sofia Zanforlin (UFPE)
As cidades sempre foram os lugares onde o encontro com a diversidade se dá. Essa comunicação parte da cidade como lugar de disputa entre a visibilidade e a invisibilização acerca da presença de migrantes nos espaços públicos. Parte do conceito de etnopaisagem, trabalhado na minha tese de doutorado, para discutir a possibilidade de revisão dos parâmetros em que o conceito foi trabalhado na tese, com o objetivo de confrontá-lo com as experiências recentes de pesquisa de campo, tendo como foco a presença de venezuelanos em cidades no Brasil.
“Estilos de vida móveis e gentrificação transnacional: um estudo sobre novas mobilidades em Lisboa” – Franz Buhr (IGOT/CEG – ULisboa)
O crescimento exponencial do turismo em Lisboa, Portugal, transformou a cidade num destino atraente também para outras populações com estilos de vida móveis. Nômades digitais, ‘expatriadas/os’, estudantes internacionais, e uma forte mobilidade intraeuropeia fazem-se notar na paisagem urbana de Lisboa, tanto na dinâmica do mercado de habitação, quanto na paisagem comercial e dos serviços. Aproveitando-se de remunerações mais elevadas em seus países de origem, esses ‘lifestyle migrants’ normalmente buscam maximizar seu poder de compra através da migração para Portugal – o que tem conduzido a um processo de gentrificação de tipo transnacional. Esta apresentação pretende contextualizar o fenômeno da ‘lifestyle migration’ para Lisboa e explorar seu impacto no espaço urbano com ênfase na mudança dos padrões comerciais do centro da cidade. A apresentação utiliza dados produzidos no âmbito do projeto SMARTDEST, financiado pela Comissão Europeia, e inclui trabalho de campo qualitativo com residentes, comerciantes, e associações de bairro.
“Empoderando a diáspora sul-americana como agente do desenvolvimento sustentável: resultados Brasil” – Camila Escudero (Universidade Metodista de São Paulo)
Este trabalho procura expandir a compreensão dos atores-chave, como migrantes, governos, empresas e setor privado, academia e sociedade civil, sobre as barreiras e oportunidades para a participação social, econômica, cultural e política da diáspora sul-americana na região. Para isso, concentra-se nos processos de emigração contemporâneos brasileiro nos últimos 50 anos, tendo como ponto de partida a década de 1970, com o objetivo de realizar um diagnóstico sobre o estado atual de participação da comunidade envolvida como atores de desenvolvimento sustentável e a produção de recomendações para sua potencialização.
Transição – Vídeo da Nduduzo Siba (10:30h – 10:45)
Mesa 2 – Migração e mercado de trabalho (10:45h – 12:15)
Moderação: João Batista Creder Ribeiro Vieira
“Trabajadorxs migrantes en situación de irregularidad en contexto (s) pandémico: precarización de la vida social, resistencias y (auto) cuidados” – Alejandro Goldberg (CONICET – UNB)
Los problemas estructurales del capitalismo global neoliberal y las desigualdades que el mismo supone a nivel de continentes, países y ciudades, se potenciaron con la pandemia de Covid-19 hasta límites insostenibles para los sectores subalternos de las distintas sociedades. Entre estos sectores se ubican los grupos de migrantes en situación de irregularidad administrativa, cuya realidad se abordará en esta presentación, desde una perspectiva etnográfica comparativa multisituada, aplicando un enfoque de género interseccional y decolonial. Las respuestas sociosanitarias grupales-comunitarias entre estos grupos a nivel de cuidados fueron el común denominador más efectivo para contener y sobrellevar las necesidades inmediatas y urgentes de estas personas, más allá de las políticas públicas que se hayan implementado en cada país/región/ciudad, con desigual cobertura y eficacia. La realidad que se aborda en cada uno de los países de indagación de este trabajo (Argentina, España, Brasil, Portugal), conjuga esas carencias estructurales que no fueron resueltas, con nuevas problemáticas sociosanitarias derivadas de las necesidades de supervivencia de esos grupos, como consecuencia de la crisis sociosanitaria desatada a partir de la pandemia, que persisten hasta hoy. Lo anterior supuso en la práctica, durante el extenso período de cuarentenas de encierro obligatorio, que la mayor parte de estos migrantes en los países de indagación, debido a su situación de irregularidad administrativa-migratoria, y al estar insertos en el mercado de trabajo informal-sumergido precario de estos países (en muchos casos trabajos esenciales pero no reconocidos como tales), tuvieran que incumplir esas medidas compulsivas para realizar algún tipo de trabajo que les permitiera ganar dinero para alimentarse y alimentar a sus familias. Esto los colocó en una situación de especial vulnerabilidad frente a la infección del Covid-19, para lo cual desplegaron un conjunto de estrategias de auto cuidado grupal-comunitario para la sobrevivencia, la prevención y la atención a los padecimientos.
“REGULARIZAÇÃO JÁ!: Protagonismo e lutas migrantes na América Latina em tempos de coronavírus” – María del Carmen Villarreal Villamar (UFRRJ).
Desde que foi declarada a pandemia de Covid-19, medidas como o fechamento de fronteiras ou a declaração de quarentenas afetaram profundamente as migrações, gerando diversos processos de imobilidade forçada e aumentando os níveis de vulnerabilidade, precarização e discriminação que enfrentam diariamente as pessoas migrantes e refugiadas. Apesar disso, na América Latina e no Caribe a pandemia também se caracterizou por um significativo ativismo migrante em torno do acesso à saúde pública e do reconhecimento de direitos ou garantias de proteção jurídica e financeira. Uma das principais ações surgidas neste contexto é a campanha transnacional Regularização Já! que teve forte protagonismo das organizações de mulheres e dissidências sexuais e de gênero migrantes. Além disso, devido ao aumento da extrema pobreza e das desigualdades, da violência e de fatores ambientais, novas caravanas de migrantes foram organizadas como estratégia migratória para alcançar o “sonho americano”. Neste cenário, o presente trabalho visa analisar a agência migrante destes coletivos que constitui um elemento central para compreender o presente e o futuro da mobilidade humana na região.
“Work migration in Europe: From precariousness to irregularization. The migratory careers” – Andrea Rea (Université Libre de Bruxelles).
According to statistical data, work migration in Europe is still less and less, one of the main reasons for granting first permanent residence permits. However, immigrants are still very numerous in the labour market, but they enter it in increasingly diverse ways and statuses. Labour migration in the European Union has taken different forms: temporary or seasonal work contracts, employment of asylum seekers and refugees, irregular immigration and the posted work resulting from the legislation on the free movement of services. There is therefore a fragmentation of immigrant labour statuses defining very diverse wage and social protection conditions. The work of immigrants is mainly the result of the demands of segments of the labour market that are looking for workers to take on 3D-Jobs (Dangerous, Demanding and Dirty) in the construction, industrial, care, horticultural, tourism, restaurant and hotel sectors. Immigrant labor is also characterized by a strong feminization of this new workforce. A way to understand the fragmentation of the status and the strategy of migrants, male and female in the labour market is to shed light on their migratory careers.
“Migração cabo-verdiana para São Tomé e Príncipe: narrativas e experiências” – Carla Indira C. Semedo (Universidade Jean Piaget de Cabo Verde)
Este estudo sobre os cabo-verdianos nas roças de São Tomé propõe analisar as percepções, as relações criadas e as contranarrativas elaboradas por esse coletivo alusivos aos regimes de verdade nos quais têm sido falados. Num primeiro momento, discorro sobre como os cabo-verdianos e os ‘descendentes’ nesse arquipélago construíram formas imaginativas e criativas de narrar e, de criar relações outras com esse território cosmológico Cabo Verde. Num segundo momento, mostro que as pessoas enviadas em situação de contrato para as roças de São Tomé e Príncipe, viveram, em pleno século XX, relações, modos laborais e quotidianos escravistas.
Fechamento – Vídeo Magdas Migram (12:15h – 12:30)
Dia 25/10 – terça-feira
Mesa 3 – (I)Mobilidades Alternativas: Espaço urbano e regimes de mobilidade (09:00h – 10:30)
Moderação: Álvaro Pino Coviello
“Peripheries on the move: New urban grammars and epistemic disputes over centre-periphery borders in São Paulo” – Guilhermo Aderaldo (UFPel).
A significant volume of research on urban studies has highlighted how recent transformations in the social organisation of labour, transport, media, urbanism, and market have altered the ways of thinking and conceptualizing “classic” antinomies as centre/periphery, global/local, legal/illegal, formal/informal, among others. In order to avoid both “sedentary” formulations (centred on fixed binary paradigms) and “nomadists” (aimed at the idealization of flows and indifferent to geographical/territorial dimensions as well as their role in anchoring the subjects’ concrete social experiences), the research takes mobility as an analytical and methodological operator responsible for providing the understanding of dynamics that are beyond the reach of traditional theoretical paradigms. Based on the new mobility paradigm, the study aims at demonstrating how audiovisual activism collectives in São Paulo have applied digital media tools in a tactical way in order to produce symbolic references capable of critically challenging hegemonic imaginary about marginalized territories and populations and, simultaneously, formulate original theories as epistemic alternatives for understanding the power relationships that modulate the governance of spaces and populations in São Paulo. In conclusion, the goal is to demonstrate how these actors, through their engagement, allow us to understand inequality in a procedural and systemic way.
“When public health policies fail. Community management in the fight against the coronavirus pandemic in Paraisópolis, São Paulo” – Maria Alice de Faria Nogueira (ECO-UFRJ) & Andrea Maria Abreu Borges (ONG Grupo Pensar Cultural)
The first cases of COVID-19 in Brazil occurred in São Paulo, the largest city in the country. It did not take such a long time for the disease to spread out from the city’s affluent neighbourhoods to low-income and densely populated communities, as in the case of Paraisópolis. One of the largest favelas in Brazil, with more than 100,000 residents, Paraisópolis designed an alternative plan of action to fight the COVID-19 pandemic within its community, carried out by the Paraisópolis Union of Residents and Business (PURB) e o G10 Favelas. The community management of health-focused strategies involved hiring medical services to work exclusively in the community, setting up isolation houses to treat infected people, and distributing food every day to families who had lost their jobs during the pandemic. It also put into action a system of volunteers called “Street Presidents” who were in charge of monitoring families and individuals’ routine of displacement inside the favela. This community initiative contributed to decreasing the mortality rate in Paraisópolis, in addition to highlighting the superior efficiency of the favela’s alternative plan in managing the pandemic crisis compared to public health policies carried out by the local government. Although many studies address the precariousness of public services in Brazilian favelas, this study focuses especially on the alternative community plan developed in Paraisópolis to successfully minimize the circulation of the coronavirus through the reorganization of pre-existing regimes of im/mobility, social and economic practices in the favela.
“Favela Tour Virtual: tourist mobility in favelas in the context of the covid-19 pandemic” – Camila Maria dos Santos Moraes (UNIRIO); Bernardo de La Vega (UNIRIO); Fabian Frenzel (Oxford Brookes University), Isabella Rega (Bournemouth University), and Juliana Mainard-Sardon (Bournemouth University);
A few elected favelas in Rio de Janeiro have become tourist attractions. In the 2000s, the State recognized these neighbourhoods as tourist spots and encouraged the presentation and touristification of favelas in the historical, social, and economic context of mega-events attracting investments to these areas. Consultants, analysts, and technicians were hired to carry out studies on the tourist potential of favelas and train their residents to work in tourism. However, since 2016, a series of economic and political crises in Rio have unfolded and caused a sharp reduction in the number of tourists, as well as in investment in these areas. With the COVID-19 pandemic in 2020, the situation got worse and tourism projects in favelas were completely paralyzed. In this context, a group of researchers based in Brazil (Rio de Janeiro) and in the United Kingdom, in partnership with favela residents, have initiated the project Lockdown Stories. The project intends to evaluate the impact of the pandemic on favela tourism and to produce virtual tours as a strategy of impact mitigation with the aim of keeping favelas within the global tourist flow, albeit virtually. In this sense, this chapter describes four virtual tours carried out in Rio’s favelas in 2020 and analyses what should be done to convert favela tourism into virtual attractions and how favelas were virtually reinvented.
“After the #stayhome, “live like a local”: towards alternative urban tourism mobilities?” – Ana Carolina Pádua (PPGS-USP) & Thiago Allis (EACH-USP);
This paper critically discusses urban tourism from the perspective of mobilities, focusing in particular on the unfoldings arising from the Covid19 pandemic. Therefore, it questions consolidated tourism concepts, by approaching new combinations of geographic scales of tourism practices in the urban context. The case of the city of São Paulo is brought to the debate, based on an analysis of the narratives and practices produced by Airbnb, which contrast with social vulnerabilities present in the dynamics and imagination of the central region. With this case, we can argue that, if, on the one hand, urban requalification processes and the emergence of new tastes produce business opportunities and urban sociabilities, on the other hand, it seems that the urgency to seek alternatives to the tourist immobility imposed by the pandemic disregard these vulnerabilities, which spatially coexist in practically coincident urban territories.
Transição – Vídeo “Ossa Mar’eyya“ (10:30h – 10:45)
Mesa 4 – (I)Mobilidades Alternativas: Espaço urbano, transporte e gênero (10:45h – 12:15)
Moderação: João Paulo Rossini
“Caring cities: The urgent concerns after apparent immobility in southern cities” – Paola Jirón Martínez (FAU – Univ. de Chile).
The global COVID pandemic has evidenced how essential territories are in general, and mobility in particular, dealing with the current crisis. In Chile, we have observed how multiple scales and diverse territorial relations and dimensions have had a crucial role in the spread of the virus. Current mobilities, or, more precisely, the ban on movement, have unveiled the multiple inequalities faced by urban dwellers; while some have been able to stay at home and manage distance working, many others have had to continue moving around. Moreover, the latter also live in conditions that make it impossible for them to do so, either because of their income-generating activities, extremely overcrowded living conditions or remote distances to reach infrastructures and services, among others. In the midst of these conditions, many of the difficulties faced during months of confinement have to do with unavoidable caring responsibilities. In the Chilean context of inadequate protection provided by authorities, urban dwellers had to undertake caring responsibilities both at the individual and community levels as weeks and months went by. Under lockdown, work and health issues became intertwined with domestic chores including caring activities of relatives, friends, and neighbours. The measures taken by authorities have been insufficient to actually take care of citizens, and have generated an increase in illness numbers, hunger, a decrease in income, and overall malaise, which led to the emergence of neighbourhood and community support groups to take care of the uncared-for population. This paper tries to document how these care actions emerge as a possibility for rethinking our cities for the future and discusses how we can transit from cities focused on efficiency and productivity to cities that take care of its reproduction. Recognising territories as relational and valuing the multiple knowledge present in these relations highlights the importance of care not just as private matters to be solved individually, generally by women, but instead, but as a collective concern linked by mobility practices.
“Rearrangements and trajectories: Italian-Brazilian ice-cream parlour workers in Germany in COVID-19 times” – Diane Portugueis (PUC SP)
The existence of a migration network in the city of Urussanga, in Santa Catarina, a southern coastal state of Brazil, which encourages young people to work in ice-cream parlours in Germany, constituting a colonizing narrative of the migration process, and engenders individuals and their families in a broad social process, in which projects of life and success are linked to the city’s own plan of success. Such a phenomenon transforms experiences of living in-between places (Brazil and Germany) into liminality processes. The vulnerable condition of the liminality experience may result into significant psychological distress, which is often overshadowed by the success seeker migratory narrative. Suddenly the group was forced to experience the events generated by the new coronavirus pandemic which forced them to set up new strategies and change their life projects. The phenomenon becomes evident in the pandemic, generating crises. By means of qualitative analysis of testimonies, in this paper, we seek to investigate the result of this process.
“Gendered perspectives in mobility and safety in public transport: the case of motorcycle taxis (boda boda) in Kisumu City, Kenya” – Gladys Nyachieo (Multi Media University of Kenya) & Calvine Kayi (Kenyatta University)
The emergence of motorcycle taxis (boda bodas) has offered an alternative mode of transport in both rural and urban areas in Kenya. The proliferation of these taxis in Kenya has been partly due to the zero tax rating of motorcycles below 250 cc by the government in 2008 and the lack of reliable, affordable, and efficient public transport. Before the advent of motorcycle taxis, people, especially women in rural areas, faced many mobility challenges, which boda boda appears to have improved. This improvement in mobility and accessibility has, however, been accompanied by gendered socio-cultural issues that affect the community in diverse ways. By virtue of gender dynamics, men and women have different mobility needs, and hence preferences. This situation leads to immobility, mostly among women than men. Whereas men are largely the riders of boda bodas, the pillions are mainly women. The objective was to examine how the sitting style and its acceptability influenced mobility or immobility among female pillions in Kisumu city. In addition, the study explored other factors like social distance between the rider and female passengers, dressing, and helmet-related issues affecting the safety of female passengers. Moreover, with the advent of COVID-19, more challenges have come up that would influence safety. The results indicate that boda boda transport is gendered in relation to culture, sitting style, helmet use, and dressing.
“An alternative for whom? Buenos Aires’ school commuting and the “bicycle boom” in pandemic time” – Dhan Zunino Singh (CONICET) & Maximiliano Velázquez (CETAM);
This paper discusses the bicycle boom in Buenos Aires during the pandemic to analyse new cycling practices as alternative mobility. In the last 2 years, there has been a significant increase in the use of bicycles, followed by the growth of infrastructure in the city as an effect of the sanitary policies to face COVID-19. The restriction on public transport pushed the use of various modes of private transport such as cars, bikes, and motorbikes. Based on daily observations of cycle paths, this study highlights transformations of a particular type of daily mobility: moving to school, especially how parents carry their young children on bikes. Transporting kids on bicycles has become more visible and it can be done in a number of ways intersected with skills, social class, and gender, among other factors. Here, the word “alternative” means situations such as improvisation, creativity, scarcity, necessity, and urgency showing that people can use bikes in different ways. We argue that cycling emerged as an alternative to public transport that was considered a risky environment for the spread of the disease. Although it is valued as a form of sustainable mobility, actual practices face uneven mobilities, including risks for children. However, they render interesting socio-technological configurations and social relations regarding how we move in relation to objects and passengering.
“Cyclelogistics & uberization: Challenges and transformative actions to improve delivery cyclists’ work conditions” – Victor Andrade (LABMOB); Pedro Bastos (ITDP Brazil; LABMOB) Filipe Ungaro Marino (UERJ; LABMOB).
This paper introduces the concept of uberization through a Global South perspective on the alternative uses of sharing-bike systems by delivery cyclists. Then, we present and analyze delivery cyclists’ profiles and their working conditions in Brazil. Finally, we highlight two transformative actions to assist cyclelogistic workforce welfare as a commitment goal and also to achieve a sustainable-oriented urban environment: the Entrega Amiga and iFood Pedal projects. Recently, public bike-sharing systems and online food-tech delivery platforms have simultaneously spread out. Such panorama altered progressively contemporary Brazilian streetscape and disrupted the delivery sector. Yet, in line with this context, patterns of labour instability on a massive scale became associated with sharing-bike systems and last-mile cycling deliveries. This chapter is part of a broader research project called “Towards Cyclelogistics” conducted by the Sustainable Mobility Laboratory (Labmob.org) on last-mile logistics in large- and medium-sized Brazilian cities. Our findings point to the central paradoxes tangled up with this situation: while the massive use of shared bicycles helps to promote sustainable logistics and the bicycle agenda, on the other hand, mechanisms of deterioration in the working relationships of black and underprivileged youth increase
Fechamento – Vídeo “Fraternidades Folclóricas Bolivianas” (12:15h – 12:30)
Dia 26/10 – quarta-feira
Mesa 5 – Mobilidade humana, gênero e corpo (09:00h-10:30)
Moderação: Leonardo Magalhaes Firmino
“Pensar las migraciones desde los cuidados. Reflexiones desde Argentina” – Ana Mallimaci (CEIL-CONICET/UNAJ)
La temática de los cuidados ha adquirido una visibilidad creciente en los últimos años, especialmente ante la pandemia ocasionada por el COVID-19. La relevancia de cuidar, su aspecto “esencial” en sostener nuestra vida, en términos personales y colectivos se develó con toda su crudeza aún si ello no se vio reflejado ni en una redistribución más igualitaria de las tareas de cuidado ni en su reconocimiento simbólico y económico. Por otro lado, desde los estudios migratorios, la relevancia del trabajo de cuidado fue advertido desde hace tiempo a partir de la migración de las mujeres que seguían cuidando de manera transnacional a la vez que se insertaban en empleos remunerados de cuidado. En esta presentación quisiera detenerme en este tipo de mujeres migrantes, cuidadoras remuneradas en diferentes sectores y con diferentes grados de formalidad, para reflexionar sobre su papel en el “sostenimiento” de nuestra vida en común a partir de algunos casos situados en Argentina: las enfermeras migrantes y las cuidadoras comunitarias..
“GENRE ET SANTÉ EN MIGRATION:: Les hommes belges naviguant les structures de service social en Thaïlande et en Belgique” – Asunción Fresnoza-Flot (Université Libre de Bruxelles).
Les études sur les couples dits « mixtes » dans lesquels les partenaires possèdent des nationalités et/ou des ethnicités différentes se sont fortement concentrées sur les expériences que font les femmes des politiques sociales et de la vie conjugale, éclipsant ainsi les expériences de leurs homologues masculins. Dans le but de contribuer à mettre en lumière la situation des hommes dans les couples mixtes, j’examine dans cette présentation le cas d’hommes belges en couple avec des (femmes) thaïlandais·es, et plus particulièrement leurs rencontres avec les politiques publiques et les services sociaux en ce qui concerne les questions de santé dans leurs espaces sociaux transnationaux. A partir d’observations et d’entretiens réalisés en Thaïlande et em Belgique, je dévoile comment ces politiques et services facilitent et contraignent la vie individuelle et de couple des hommes belges confrontés à des problèmes de santé, ainsi que la manière dont ils naviguent ces difficultés et les affrontent. Les catégories croisées de l’âge, de l’appartenance de classe et du genre semblent façonner leurs expériences et stratégies au niveau micro, tandis que les réseaux sociaux et la conscience juridique semblent les influencer aux niveaux méso et macro.
“EXPANDINDO AS DIRETRIZES PARA O ATENDIMENTO DE MIGRANTES FORÇADOS: A experiência de uma prática transfronteiriça” – Suzana Duarte Santos Mallard (EICOS-UFRJ).
A prática terapêutica com migrantes forçados pode ser considerada como um ponto de tensão e local de possibilidade diante do trauma psicológico. Esta representa um ponto de convergência de narrativas da experiência individual capaz de oferecer insights sobre questões éticas, sociais e políticas mais amplas. O encontro nessa clínica afeta refugiados, terapeutas e a comunidade em geral. Esses momentos produzem conhecimento e instigam a reflexão no campo da psicologia definindo possíveis intervenções junto aos envolvidos. Um exame atento dessas dinâmicas pode oferecer informações sobre como os profissionais da saúde mental, assim como outros que interagem com esta população, podem expandir as diretrizes nos atendimentos prestados. Com base em extensas entrevistas com terapeutas no Brasil e nos Estados Unidos, foi possível propor uma série algumas etapas para expandir e aprimorar o atendimento psicológico à migrantes forçados. Essas etapas podem permitir que o profissional identifique vulnerabilidades específicas e acolha de forma mais adequada. Elas implicam: 1) priorizar deixar que pessoas em contexto de mobilidade forçada encontrem sua própria voz e estar dispostos a refletir e questionar suas próprias suposições; 2) oferecer uma escuta engajada, que tem o potencial de retirar o sujeito do silêncio que sua condição impõe; e 3) forjar um vínculo que pode ajudar a restaurar um senso de pertença e confiança. Estudos anteriores com esta população sugerem que ela é objetificada de várias formas e, portanto, excluída do exercício de sua vontade. Este modelo de acolhimento busca restaurar a subjetividade do sujeito dentro do contexto terapêutico. Assim, todo profissional que trabalha com essa população deve estar comprometido em fornecer essas formas de cuidado engajado e autorreflexivo ao interagir com esta população.
“Desafios da psicologia no contexto internacional e as possibilidades dos corpos” – Mariana Duarte (Medecins Sans Frontieres – France).
A presente contribuição visa apresentar uma possibilidade de intervenção e de escuta em contexto humanitário que privilegia os sujeitos e os seus processos de reconstrução identitária. A população alvo são pacientes em deslocamento forçado que sofreram queimaduras e/ou ferimentos graves resultantes de conflitos e guerras. Os participantes são pacientes de um hospital cirúrgico do Oriente Médio. O processo de recuperação é longo e doloroso, e não apenas no aspecto físico, mas abrangendo a sua dimensão subjetiva de rehumanização, reconhecimento e reposicionamento subjetivo. A pergunta sucitada é qual seria a possibilidade de espaço de escuta que favorecesse a rehumanização desses corpos viventes. O dispositivo Peer-to-Peer é uma ferramenta que se revelou importante no processo de recuperação dos pacientes e no desenvolvimento do apoio mútuo e do desenvolvimento da autonomia. Através do apoio de pares, pela via da identificação, são incorporados outros aspectos de identidade e o encontro favorece também a possibilidade de uma narrativa própria outra, numa desconstrução do discurso imposto e opressivo. A leitura e análise dos dados é baseada na psicanálise e etnopsicanálise dialogando com a teoria decolonial.
Transição – Vídeo “La Clandestina” (10:30h – 10:45)
Mesa 6 – Mobilidade humana e geopolítica da exclusão (10:45h-12:15)
Moderação: Mohammed ElHajji
“Le contexte migratoire dans l’espace euro-mediterraneen: pour une gestion concertee des flux” – Mohamed Khachani (Université Mohammed V Rabat).
Dans le bassin méditerranéen, l’histoire des sociétés est fortement liée aux flux migratoires. La constitution des empires, les conquêtes, la colonisation ont forgé à travers le temps des circuits et des réseaux migratoires. L’époque contemporaine marque une série de mutations dans ces mouvements migratoires, les années 60 et le contexte actuel constituent à cet égard, deux périodes charnières, l’Europe qui avait développé une tradition de terre d’émigration- depuis la découverte du nouveau monde et les conquêtes coloniales – est devenue une terre d’accueil ; mais qui déploie depuis le début des années 90 une politique migratoire de plus en plus restrictive. Depuis 1990, les flux d’émigration légale vers les pays d’accueil traditionnels en Europe ont fortement régressé, les réseaux clandestins ont pris le relais des circuits légaux. Ceci a eu comme conséquence les drames de la migration irrégulière, la Méditerranée est devenue le plus grand cimetière au monde. Une autre politique d’immigration fondée sur une gestion organisée de «l’ordre migratoire» est possible. Ceci est au cœur du débat sur «Le Pacte Mondial» pour une migration sûre, ordonnée et régulière.
Memórias e afetos no encontro com uma família síria – Adriana Maria de Assumpção (Universidade Estácio de Sá)
A pandemia da Covid-19 mudou drasticamente a vida da população em diferentes partes do mundo e, nesse sentido, a doença afetou profundamente o cotidiano das pessoas que estavam na condição de migrantes transnacionais. As crianças fazem parte desse grupo – muitos em situação de vulnerabilidade social – e viveram uma experiência desoladora com o isolamento social, bem como todas as consequências econômicas ocasionadas pela pandemia. Proponho uma apresnetação sobre a experiência vivenciada ao acompanhar uma família que migrou da Síria para o Brasil e, com a qual convivi nos últimos cinco anos por meio do trabalho voluntário desenvolvido com migrantes de diferentes origens.
Compartilhamos memórias, histórias e afetos, construindo uma relação de confiança. Pretendo apresentar essa experiência, na perspectiva de um estudo de caso e problematizar algumas questões relacionadas com infância e migrações. Para esse diálogo entrelaço e compartilho narrativas, imagens e textos literários como um convite a outras reflexões.
“Pesquisa militante: Migrações, Interculturalidade e Cidadania” – Catalina Revollo (EICOS-UFRJ).
Este trabalho corresponde aos desdobramentos da pesquisa de pós-doutorado CAPES/ PNPD intitulada Migrações, Interculturalidade e Cidadania: análise dos coletivos sociais da população imigrante latino-americana na cidade do Rio de Janeiro. Com a intenção de aportar elementos para os estudos migratórios latinoamericanos da perspectiva sul-sul, analiso nesta pesquisa a configuração e ação de coletivos sociais da população de imigrantes latino-americana da cidade do Rio de Janeiro ao longo de uma década. Por meio de uma estratégia metodológica qualitativa de pesquisa participante militante, desenvolvo uma análise crítica intercultural psicossocial, articulando os dados do trabalho de campo realizado com coletivos e os conceitos teóricos de cidadania ativa transnacional. Destaca-se a configuração de processos de reivindicação de uma cidadania ativa transnacional para pessoas imigrantes, refugiadas e apátridas na construção das políticas públicas da cidade e do Estado do Rio de Janeiro.
“Papel das OSCs no apoio ao acolhimento e à integração dos migrantes no Brasil” – Mélanie Montinard (Mawon; UFRJ).
Alguns ponto que serão abordados em sua fala:
– Panorama geral das migrações no Brasil;
– Uma abordagem teórico sobre a relação entre migrações, diásporas e associacionismo;
– O associacionismo migratório no Brasil : o caso específico dos haitianos
– Papel das ONGs a outras associações no acolhimento e integração dos migrantes no Brasil
Término do evento
====================================================================
Entre os dias 24 e 26 de outubro de 2022, acontecerá, na Universidade Federal do Rio de Janeiro, o X Fórum das Migrações: Mobilidade Humana, Espaço Urbano e Ativismo Social. Organizado desde 2008 por Diaspotics – o Grupo de Pesquisa em Migrações Transnacionais e Comunicação Intercultural, nessa edição o Fórum reunirá 26 pesquisadores e especialistas em Migração Transnacional e Mobilidade Humana, de diferentes instituições universitárias nas Américas, África e Europa (Brasil, Argentina, Chile, Estados Unidos, Cabo Verde, Marrocos, Quênia, Portugal, França, Bélgica e Reino Unido).
As pesquisas que serão apresentadas vão abordar as principais facetas sociais, culturais e políticas das questões migratórias transnacionais, mobilidades alternativas, regimes de mobilidade humana, mobilidade e espaço urbano, gênero e saúde, mercado de trabalho, comunidades diaspóricas e comunicação intercultural.
O Fórum acontecerá das 9h às 12h30, na Escola de Comunicação de Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO-UFRJ), e será transmitido ao vivo no canal oestrangeiro.org no YouTube. A participação é gratuita e um certificado de participação será entregue às pessoas que participarem, tanto de forma presencial quanto remota.
Paralelamente ao X Fórum de Migrações, acontecerá à tarde e à noite (das 14h00 às 20h) o VIII Simpósio de Pesquisa sobre Migrações – reservado a doutorandos e mestrandos cuja pesquisa de tese ou dissertação é relacionada à questão migratória transnacional. A programação completa do Simpósio pode ser conferida aqui.
Esperamos por vocês!

====================================================================
X Forum de la Migration: mobilité humaine, espace urbain et activisme social

Entre le 24 et le 26 octobre 2022, aura lieu, à l’Université Fédérale de Rio de Janeiro et
en hybride, le X Forum des Migrations, placé, cette année, sous le thème de la Mobilité Humaine, Espace Urbain et Activisme Social. Organisé, depuis 2008, par
Diaspotics – le Groupe de Recherches en Migrations Transnationales et Communication Interculturelle, le Forum réunira, pour cette édition, 26 chercheurs et
spécialistes des Migrations Transnationales et de la Mobilité Humaine, venus d’une vingtaine d’institutions universitaires des Amériques, d’Afrique et d’Europe (Brésil, Argentine, Chili, États-Unis, Cap-Vert, Maroc, Kenya, Portugal, France, Belgique et Royaume-Uni). Les conférences et débats, programmés pour le 24, 25 et 26 octobre, aborderont les principales facettes sociales, culturelles et politiques des questions des Migrations Transnationales, des Régimes de Mobilité Humaine, du Marché du Travail, des Communautés Diasporiques et de la Communication Interculturelle. Le Forum se
déroulera sur trois jours, de 9h du matin à 12:30, à l´École de Communication de l’Université Fédérale de Rio de Janeiro (ECO-UFRJ), et seront transmis sur la chaîne YouTube du Groupe. Les participations sont gratuites et un certificat de participation sera délivré aux participants – en présentiel ou à distance. Parallèlement au X Forum des Migrations, aura lieu en après-midi et soirée (de 14h à 20h), le VIII Symposium de Recherches sur les Migrations – réservés aux doctorants et étudiants en Master dont les recherches de thèse ou de mémoire sont liés à la question migratoire transnationale.
====================================================================
X Foro de Migraciones: movilidad humana, espacio urbano y activismo social

Entre el 24 y el 26 de octubre tendrá lugar el X Foro de Migraciones: movilidad humana, espacio urbano y activismo social. La actividad contará con 26 investigadores doctores de 20 instituciones de enseñanza e investigación nacionales y extranjeras quienes abordarán la movilidad desde diferentes perspectivas. Debatiremos sobre espacio urbano y comunidades migratorias, migración y mercado laboral, regímenes de movilidad, movilidad humana, salud y cuerpo y mucho más. Es una oportunidad de entrar en contacto con importantes investigaciones desarrolladas en Brasil, Argentina, Chile, Estados Unidos, Kenia, Marruecos, Portugal, Bélgica, Francia, Reino Unido y Cabo Verde. El Foro se realiza los tres días por la mañana de 9:00 a 12:30 de forma híbrida en el auditorio del CPM en la Escuela de Comunicación (ECO), campus Praia Vermelha, en la Universidad Federal de Rio Janeiro -UFRJ. Todas las mesas serán retransmitidas en directo por el canal de YouTube: oestrangeiro.org. Programación completa en el sitio web oestrangeiro.org. La participación es gratuita, ¡participa!
====================================================================
X Forum on Migrations: human mobility, urban space and social activism

The X Migration Forum: human mobility, urban space, and social activism will take place between the 24th and 26th of October, in the CPM auditorium, at the School of Communication (ECO), Praia Vermelha campus, at UFRJ.There will be 26 researchers from 20 different institutions and research centres who will address the issues of transnational mobility from various perspectives. Presentations on alternative (im)mobilities, urban space and migratory communities, migration and the labour market, mobility regimes, migration and health, and geopolitics of exclusion, among other topics, will be given during the three days of the conference. It is a unique opportunity to get in touch with influential research developed in Brazil, Argentina, Chile, the United States, Kenya, Morocco, Cape Verde, Portugal, Belgium, France and the United Kingdom. The X Migration Forum will occur online, from 9 am to 12:30 pm, and all panels will be broadcasted live on the oestrangeiro.org channel on Youtube. Subscription free.
====================================================================
Acompanhe outras informações sobre o evento pelo Instagram, Twitter e Facebook do grupo Diaspotics – O Estrangeiro.
Para quaisquer dúvidas, envie mensagens para: forumdemigracoes2022@gmail.com