Mostra reúne obras de artistas imigrantes que buscaram a liberdade em Paris
O Museu da História da Imigração, na capital francesa, inaugurou uma exposição para evidenciar os artistas estrangeiros que se mudaram para a cidade após o fim da Segunda Guerra Mundial. O curador da mostra “Paris et nulle part ailleurs”, Jean-Paul Ameline, comenta que foram cerca de 10 mil artistas que chegaram em Paris na época. Foram escolhidos 24 artistas representantes do pós-guerra, que chegaram à capital francesa entre 1945 e 1972. Entre eles, há muitos latino-americanos. Confira quem são na matéria do Estado de Minas.

Pintura ‘Pour les refugies espagnols’ do cubano Wilfredo Lam, influenciado por Picasso, aborda o exílio político (Foto: Emmanuel Dunand/AFP12/11/10)
Crítica: Longa traz reflexão sobre imigrantes europeus dentro de seu próprio continente

Marcelo Janot escreve sobre o drama “As bestas”, do diretor espanhol Rodrigo Sorogoyen, para O Globo. O filme, que está sendo exibido no Festival do Rio, trata sobre o preconceito sofrido por imigrantes na Europa – um tema recorrente em várias produções atuais. Contudo, o diferencial do longa de Sorogoyen é apresentar o próprio europeu como imigrante no seu continente. Um casal francês que se muda para um pequeno povoado na Galícia, região autônoma dentro da Espanha, passa por ataques xenofóbicos diante do interesse de uma empresa de energia eólica em comprar o terreno onde moram.
Dos pouco mais de 500 mil habitantes de Lisboa, quase 300 mil são imigrantes
Uma reportagem do Globo Repórter mostrou como Lisboa tem se tornado uma cidade cada vez mais diversa com a grande presença de imigrantes. Com mais da metade da população vinda de outros países, a capital portuguesa vive um processo de gentrificação. A matéria abordou pontos como a falta de mão de obra, o trabalho informal de imigrantes e a xenofobia ocasionada pela disputa no mercado de trabalho.
Estudo de genomas antigos explica como europeus viraram brancos
O bioquímico alemão Johannes Krause escreveu, em parceria com o jornalista de ciência Thomas Trappe, o livro “A Jornada dos Nossos Genes”, que trata sobre a miscigenação histórica do povo europeu e mostra como que o fluxo migratório de hoje é muito menor do que antigamente, quando a população do continente estava se formando. Até mesmo em momentos “recentes”, como a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha recebeu 15 milhões de imigrantes da Turquia, da Grécia e da Itália, o que beneficiou muito a economia do país.
“Nós queríamos mostrar que, para começo de conversa, a mobilidade é parte da história humana. Em segundo lugar, a chegada de 1 milhão de sírios na Alemanha é algo muito pequeno quando comparado ao que aconteceu no passado, e nós sempre lidamos com fenômenos desse tipo”, disse Krause à Folha de S. Paulo.
Papa confronta Meloni e chama exclusão de imigrantes de “criminosa”
O Papa Francisco aproveitou a cerimônia de canonização de um bispo conhecido como “pai dos imigrantes” para denominar a exclusão desse grupo da sociedade como “escandalosa, repugnante e pecaminosa”. A declaração bate de frente com o governo de Giorgia Meloni, representante da extrema direita na Itália. O pontífice ainda afirmou que, hoje, “o Mediterrâneo é o maior cemitério do mundo”, referindo-se às milhares de pessoas que morreram afogadas tentando chegar à Europa. Leia a matéria completa no site da CNN Brasil.

Centro de trânsito de imigrantes em Gashora, Ruanda — Foto: Brian Otieno/The New York Times
O Ocidente não quer mais imigrantes. Mas Ruanda está disposta a recebê-los
O jornal O Globo reproduziu a matéria do correspondente Abdi Latif Dahir, para o The New York Times, sobre a tentativa de acordo de Ruanda para que países europeus enviem requisitantes de asilo para lá. O governo tem feito esforços para se apresentar como solução para a crise migratória global, num momento em que vários países europeus estão fechando suas portas. No entanto, críticos apontam os interesses por trás dessa amistosidade: Ruanda está na tentativa de ofuscar seu complicado histórico com os direitos humanos.

Migrantes recém-chegados da Venezuela esperam para receber um quarto de hotel fornecido pelo governo americano em El Paso, nos EUA – Joe Raedle -21.set.22/AFP
EUA e México anunciam plano para migrantes venezuelanos que expulsará milhares deles
Na primeira quinzena de outubro, os governos estadunidense e mexicano assinaram um plano para conter o fluxo migratório para os EUA. O documento traça um paradoxo: irá conceder acesso humanitário a parte dos venezuelanos nos Estados Unidos, mas vai expulsar milhares de volta ao México. De acordo com a fala do secretário de Segurança Interna estadunidense, a intenção é explicitar que a única maneira de venezuelanos entrarem no país é de forma legal e ordenada. Para isso, o plano assinado dá a possibilidade de cidadãos e empresas se inscreverem para dar suporte financeiro a refugiados, como um patrocínio. Saiba mais detalhes na matéria da Folha de S. Paulo.
México, terra prometida para migrantes… americanos
O jornal GZH divulgou uma matéria da AFP sobre cidadãos estadunidenses que se mudam para o México em busca de um custo de vida mais barato. Apesar de ser um movimento curioso, há uma ameaça por trás dele: a possibilidade do preço crescente de imóveis em território mexicano, principalmente em Tijuana, foco da matéria. O Conselho Estadual de Profissionais Imobiliários de Baja California já afirma que mais de 80% de seus visitantes e clientes são dos EUA.
ONU pede investigação após cena de 92 migrantes nus na fronteira de Turquia com Grécia
Um grupo de 92 migrantes, todos homens, foi encontrado pela polícia da Grécia na fronteira entre o país e a Turquia. Com origem principalmente do Afeganistão e da Síria, eles relataram ter sido levados para a fronteira em veículos militares turcos e depois foram obrigados a tirar a roupa para embarcar em botes infláveis. Os refugiados receberam roupas, alimentos e primeiros socorros. A Folha de S. Paulo informou que, diante de tamanha crueldade e das acusações trocadas entre os governos grego e turco, a ONU solicitou uma investigação urgente sobre o caso.
Brasil recebeu 2,8 mil afegãos de janeiro a setembro de 2022; maioria é homem e tem entre 25 e 40 anos

Afegãos no Aeroporto de Guarulhos no domingo (9) — Foto: Arquivo Pessoal/Swany Zenobini
Um relatório elaborado pelo Observatório de Migrações Internacionais e divulgado pelo Portal G1 mostra que quase 3 mil afegãos entraram no Brasil entre janeiro e setembro de 2022. O número é reflexo da concessão de visto temporário a afegãos para fins de acolhida humanitária, visto que muitos deles estão fugindo do regime do Talibã, que voltou ao poder no país em agosto de 2021. Vários deles estão “acampados” no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, enquanto aguardam vagas em abrigos.
Fala de Bolsonaro afronta proteção a mulheres e migrantes, dizem entidades
Uma nota assinada por 21 entidades que atuam com imigração e refugiados repudiou as falas de Jair Bolsonaro sobre o encontro com venezuelanas em São Sebastião, região administrativa do Distrito Federal. Signatários como Cáritas Brasileira, Cáritas Arquidiocesana de São Paulo, Conectas Direitos Humanos, Centro de Direitos Humanos e Cidadania do Imigrante e Missão Paz afirmaram que esse tipo de manifestação do presidente afronta a proteção a adolescentes, mulheres e migrantes e ainda as coloca em maior risco de violência por estigmatização, desinformação e xenofobia. Confira a matéria completa no portal Uol.
Saiba o que é o kafala, um regime brutal para imigrantes que, às vésperas da Copa do Mundo, ainda resiste no Catar

Afegãos no Aeroporto de Guarulhos no domingo (9) — Foto: Arquivo Pessoal/Swany Zenobini
Apesar do Catar ter modernizado suas leis trabalhistas, o “kafala”, sistema de contratação de imigrantes com práticas análogas à escravidão, ainda persiste. É o que afirma a Anistia Internacional, que divulgou um relatório em 20 de outubro para denunciar, mais uma vez, abusos de trabalhadores imigrantes no país que sediará a Copa do Mundo deste ano. A palavra árabe significa “patrocínio” em português. Teoricamente, os trabalhadores estrangeiros precisam de um “patrocinador” para ser o responsável pelo visto e legalidade dos funcionários. Na prática, são realizadas injúrias como retenção de passaporte, salário e jornadas excessivas. O jornal O Globo dá mais detalhes sobre esse regime que fere as novas leis trabalhistas do Catar e a integridade humana.
Produtos contam histórias de imigrantes na Zona Cerealista e no Mercado Municipal de São Paulo
Uma matéria do Globo Repórter mostrou como que o legado de bolivianos, italianos, libaneses e descendentes de espanhóis foi construído com sacos de jutas, alimentos naturais, alho, comida imigrante, entre outros produtos vendidos na Zona Cerealista de São Paulo.
“Eu sou um imigrante. Eu faço comida de imigrante, que é a formação de São Paulo”, diz Checho, boliviano que chegou ao Brasil ainda criança e busca, na feira boliviana que acontece no Brás, os sabores que o fazem lembrar de suas raízes.
